Momento de reflexão

“O poder da mente”. Este foi um livro que comprei quando era ainda jovem, deveria ter meus 18 anos. Estava apaixonada e queria entender o que isso significava. Pois a todos os que passam por esta vivência deixa lembranças boas ou até não muito boas. O momento pode ser traduzido como cegueira ou até mesmo uma situação de anestesia diante da paixão. 

As emoções não podem ser medidas e apenas sentidas. Elas simplemente acontecem ou surgem sem que a gente peça. Hoje mais madura analiso com muita sensibilidade estas emoções. Para mim deixaram lembranças boas.  Mas dizer não a esse amor ou paixão foi uma decisão e difícil. Nosso passado é de recordações e de alguma forma contribui para nosso viver.  É como que tivesse enfeitado esta fase da vida. Foi muito significativa. Na verdade a paixão e o amor são dois sentimentos que as vezes coexistem. Um permanece e outro some como fogo em palha ou até mesmo amor de cometa...vap vup ( Chico Anísio).

Façamos o uso de nossas faculdades mentais.

Há quem diga que utilizamos apenas 5% do nosso cérebro.Se sub-utilizamos então vamos fazer oficinas individuais para este fim. Estoufazendo a minha desde 1997. A nossa capacidade de percepção poderá melhorar. Falta muito para o conhecimento desta engrenagem inventada e desconhecida. Estudar a do outro cérebro é interessante.  A medição que eu tenho notícia é em estudos na Rússia. No filme "Quem somos nós" tem colocações muito interessantes, várias a perder de vista. Já assisti duas vezes e ainda quero assistir muitas vezes mais. Ele traz informações complexas e intensas. Eu curti muito as colocações dos cientistas.

Os cientistas realizam pesquisas em laboratório e muito se acresce a ciência. O intuito de todos é buscar explicação. Mas muitas situações permanecerão inexplicáveis. Vou morrer um dia e sem explicação para quase toda a vida. 

Conhecer como funciona os cérebros é a busca. Observamos um amontoado de gordura branca ou acinzentada quando não há vida. Nesta semana assisti uma cerimônia de cremação. O sentido da vida muito bem colocado por um frei da ordem franciscana foi suave e refletiva. O senhor que faleceu é pai do amiguinho dos meus filhos. Brincaram juntos, como irmãos devido conviverem no mesmo prédio.  Ele fez um comentário que tudo acabou. Fiquei pensando nestas palavras proferidas nesse momento de dor. Enfrentar estes momentos cada um reage a sua maneira. Perdi também meu pai e seu pedido era ser enterrado no mesmo túmulo de sua mãe. O pedido do pai deste era ser cremado. Perder um filho é a ferida que pode cicatrizar, mas ficará a marca para sempre. Perder um pai como ele, como eu perdi o meu amado é uma tristeza grande. Mas procuro guardar com carinho todos os ensinamentos que tive. A humildade de meu pai é o que mais me dá força de enfrentamento das adversidades da vida. Todos que vão de uma forma ou outra deixarão legados e saudades. Na hora da despedida eu comentei em silêncio que eu ia sentir saudades do saquinho de lima colocado a minha porta, sempre pós fim de semana. Ele trazia do sítio, pois sabia que eu apreciava. Ao abrir a porta de minha casa encontrava um saquinho e isso sempre me emocionava. de lima Saudade deste amigo que partiu. Então muito pensamentos vem a mente ao assistir a cerimônia de cremação, que eu nunca havia participado. Realmente faz refletir sobre a existência. Neste momento fiquei de mãos dadas com um de meus filhos.  a emoção é grande e nos diz que a vida é uma passagem apenas. Que façamos da melhor maneira. Eu tento fazer aquilo que está ao meu alcance.

Mesmo assim sendo uma passagem ainda prefiro a vida sem doenças e adiar ao máximo a minha morte e a dos meus queridos.

Prefiro pesquisar em meu laboratório doméstico. O quer coloco em minha geladeira? O que compro na feira? O que compro no supermercado? O que eu abri mão de consumir para ter mais saúde e assim por diante. Avida é feita de escolhas.

Quando eu era pequena ia no armazém comprar açucar cristal, farinha branca, arroz branco, feijão preto e na cooperativa comprava sal para o gado e este era consumido por nós. As verduras colhíamos na horta e as frutas do pomar.

Agora vivo dentro de um apto e quando posso em minha casa.  Até os meus 4 anos vivi em uma casa de madeira na zona rural. esta casa foi herdada de minha avó. Dizem ser as melhores moradias e conservarem o calor do sol. Pois a de concreto e cimento é muito fria no inverno.  Faço sempre comparação de viver no campo e viver na cidade. Não há como não fazer a diferença. Meus filhos viveram mais dentro de apartamento de concreto e eu tive a infância distinte deles. 

Vivi até meus 12 anos sem geladeira para conservar alimentos. Nesta época compramos uma a gás. Tudo era guardado cuidadosamente quando não havia este equipamento doméstico. A carne de gado ou de ovelha era pré cozida e guardada na banha de porco. O leite direto da vaca tinha trêz destinos, fervido para consumo, reservado para coalhada ou para queijo. Para fazer queijo só era liberado quando tinha muitas vacas para ordenhar. Se não meu pai não deixava fazer queijo, porque ia faltar leite para o terneirinho.

Vivo a minha vida dentro de minhas possibilidades. Olhos sempre a frente e o passado nos deixa apenas ensinamentos.

Faço o que eu posso.  Não podemos tudo. Não detenho todo o conhecimento. Mas sou curiosa por natureza e vou em busca daquilo que me proponho. O meu bem estar depende de mim e do meu conhecimento. Então eu faço a minha parte. Não reclamo e nem contesto apenas vivo a vida. Detesto injustiça para com os mais humildes e desprovidos de amor, pois estes dependem de boas regras políticas que falta em nosso país. O acolhimento na tenra idade para que depois não fiquem alienados da sociedade e venham se vingar inexplicavelmente, até dos próprios pais. Quem quer filhos ou pais conscientes sabem que este cuidado não pode ser delegado totalmente. O amor é um tempero importante, que para muitos faltou.  Muitos superam sem este tempero . e mesmo assim conseguem superar os desafios da vida. Outros sucumbem a vícios destruidores da própria vida e da família, quando tem.

A minha pesquisa individual, do meu cérebro e como ele se comporta conforme o que consumo é a minha busca. Quando estou triste por algum motivo, eu não me entrego, vou em busca de nutriente para que meu cérebro reaja.

No meu caminho conto com  minhas pernas e com minhas mãos. Tento agarrar o que me beneficia.  O que me prejudica eu evito o máximo em termos de alimentos. Há quem diga que comportamento é mediado pela química cerebral resultando equilíbrio mental e físico.

Ontem a funcionária do mercado comenta que tem dor de cabeça quando come banana.  Imediatamente lembrei que eu quando criança e adolescente também sofria deste mal, principalmente a banana comum, a caturra. Hoje não mais. Mas eu venho fazendo mudanças alimentares desde 1997 quando participei de um curso anual de ortomolecular por dois anos. Realmente a minha caminhada tem sudo em cima de conhecimento, compreensão e mudanças para ter longevidade. Um caminho não desfaz o do outro e no final todos se somam.  No final o conhecimento é a melhor dieta a meu ver.

Como faço o gerenciamento do meu laboratório doméstico? Evito os produtos industrializados e práticos e vou em cima do entendimento rural que vivi. Não é fácil viver em uma cidade grande e ter a dificuldade de encontrar os produtos orgânicos.  Mas existem as feiras orgânicas que na verdade está tudo misturado os produtos orgânicos e os mesmos produtos encontrados em supermercados. 

Mas afinal eu terei de fazer a escolha. Continuar vivendo neste centro grande ou ir para o meio do mato, de onde vim.

Quem sabe isso seja possível. Tenho sonhos de retornar a viver no campo. Quem sabe em minha velhice eu retorne as origens. Viver neste lugar lindo que meu pai deixou em vida.  Mas a vida nos guia e nos leva para onde devemos ir. Onde cheguei foi necessário para compreender o passado e o presente. O futuro a Deus pertence, mas eu dou uma ajudinha sempre. Eu quero o bem viver e desfrutar o que a vida me proporciona. O caminho a gente escolhe dentro de nossas possibilidades e oportunidades.

Sugiro o livro que me alegrou muito nestes últimos dias. O médico americano ,e especialista em oncologista, Dr. David B. Agus – “Uma vida sem doenças”. Eu até brinquei no facebook que encontrei minha alma gêmea na medicina.  Ele mesmo diz que não é um livro sobre medicina mas sobre a vida.

Muitos autores eu admiro por suas idéias e opiniões.  Dr. Augusto Cry , médico brasileiro, deixou de clinicar psiquiatria na capital paulista, para virar escritor e morar em sua fazenda interior com sua família. Que decisão corajosa e decidida sobre a sua missão de orientar por suas escritas. Sei de três livros que vão virar filme para sua alegria. Dr. Chopra, médico indiano radicado nos Estados Unidos, mestre admirável em suas descrições em livros de sua autoria, quando ainda era criança na Índia em torno de seus cinco anos de idade.

Que bom usar a mente para divulgar idéias. Meu pai certa vez me disse que cabeça nem é só para chapéu. 

Faça você mesmo a sua história e viva da melhor maneira.

Eu estou fazendo a minha parte.

O amor incondicional semeia mais e mais fraternidade entre os homens e mulheres.