A vida é
passageira. Viver significa correr riscos. Esta ferramenta tão maravilhosa que
é a internet que seja usada para confraternizar e trocar idéias. Eu desejo do
fundo do meu coração que eu possa contribuir para as famílias viverem melhor.
Eu
desejo do fundo do meu coração que uma luz se ascenda em todos os corações dos meu leitores.
Fui por
muito tempo “por fora” ou “sem noção” e isto deixou lembranças não muito
boas. Este tempo vivido foi ao mesmo
tempo nostálgico e em meio a natureza. E hoje vivendo na cidade grande tenho
saudades desta natureza.
As oportunidades
que eu tive foram a base de todo uma história de vida e de possibilidades
decorrentes da educação.
Compreender
o que não tive pela limitação do
conhecimento.
Hoje eu
tenho noção e estou por dentro muito mais que em épocas passadas. Meu currículo
compreende uma viagem linda e também com riscos e enfrentamentos inesperados,
ser mãe.
Me senti
semeando e colhendo nesta caminhada. Plantei em meu jardim de coração grande
três sementes que hoje vivem independentemente, meus amados filhos.
Minha
jornada incessante pela vida me deixou forte e cheia de motivação para me
colocar a serviço das famílias que desejam um conforto no sofrimento com algum
dos seus amados, seja doença, seja dependência química ou seja lá o que for,
mas que esteja gerando sofrimento.
A doença
é o resultado. Entendo como uma partida
de futebol. Se o goleiro levou frango foi por que? Bem pode ser por ser pouco
treinado a esse tipo de jogada ou falhou a defesa frente ao gol. O resultado
desejado bom é sinal de equipe bem preparada e defensiva. O resultado não bom é
da mesma forma entendido. Houve falhas. Então ser bem treinado o goleiro é uma
boa estratégia. E a equipe de defesa bem organizada e pronta a atacar é outra
boa chance da bola não entrar. Bem se a bola entrar no gol...houve falhas isso
é certo. Ou muito eficiente a estratégia da equipe contrária. A vida com saúde
e a vida com doença é mais ou menos um jogo. Boa equipe com chances e
vantagens. Os bons jogadores seriam os bons alimentos e assim por diante.
Marinheiras
de primeira viagem. Embarcamos nessa viagem ao sermos mães, pois tudo pode
acontecer.
Para
enriquecer o meu currículo de mãe já como marinheira de terceira viagem cheguei
na linha divisória entre perder ou ganhar, um choque. O inesperado bateu a
minha porta. Por estar treinada já como estudante de medicina a fazer
reanimação respiratória consegui salvar meu pequeno de 20 dias de vida. Eu passei por momentos terríveis com uma
provável causa do engasgo, uma coqueluche aos 18 dias de vida. Foram 7 noites sem dormir para cuidar o
pequeno que tossia e se afogava com a secreção espessa. Para nós médicos ficou
a falta de positividade para a bactéria que provoca a coqueluche (Bordetella Pertussis).
Ainda me
traz a lembrança do horror que vivi e os apuros que passei. Consegui ter o equilíbrio
nessa hora do engasgo e ausência de
respiração. Fiz tudo direitinho para que ele sobrevivesse. Nasceu de 8 meses e
com 20 dias começou arroxear os lábios. Nos 10 dias de UTI fiquei ligadinha, de olho
arregalado e apavorada. Sai totalmente assustada e com o medo de perder. Só sai
mais segura com um balão de oxigênio caso houvesse necessidade.
Após a
alta hospitalar fiquei por 30 dias com a sensação que não tinha chão. Parecia
que não me sentia e só pensava no bebê. Olho para ele hoje tenho essa alegria
de vê-lo lindo e fazendo medicina. Mas podia ter dado tudo errado. Acho que as
mulheres todas deveriam ter essa mesma noção que eu tive em realizar as
manobras de ressuscitação que veio salvar meu pequeno.
O
inexplicável e o explicável nessa hora se bastam. A vida que geramos e que não
queremos perder por preço nenhum.
Os
desafios da existência continuam.