Sejam bem vindos ao mundo da saúde plena.


"Bom mesmo é ir a luta com determinação

Abraçar a vida e viver com paixão

Perder com classe e viver com ousadia

Pois o triunfo pertence a quem se atreve

E a vida é muito bela para ser

insignificante"


Augusto Branco



quarta-feira, 13 de março de 2013

Vivendo e aprendendo


          Até meus 15 anos meu peso adequado. Completei os 16 anos já com sobrepeso para dizer uns  10 kg a mais, em um ano comendo o pão branco no colégio das freiras em Cruz Alta. Aumentei o consumo de pão para compensar a comida não muito lá essas coisas. Me enchia de pão. Ali comecei a sofrer de efeito sanfona. Aumentei 10 kg em 1 ano e assim fui me estropiando a vida toda.

Aos 17 anos em Santa Maria morava em apartamento e  passei cuidar das compras e fazer a minha comida. Nada conhecia sobre consumo consciente ou produção de alimentos. Desde então entrei no grupo consumidores SEM NOÇÃO.

Gostava de comprar principalmente presunto e queijo lanche para o café da manhã e lanche da tarde. Poderia alternar por fruta. Todo dia era a mesma coisa. Não sei de onde fui orientada que comecei a substituir o pão branco pelo preto. Para torta fria que eu adorava tinha de encomendar dois pães integral.

Este queijo industrializado produzido industrialmente eu até então nunca havia tido contato. Era até então desconhecido para mim. Comi por muito anos sem a menor noção de como este queijo era fabricado. Na verdade eu fui SEM NOÇÃO por muito tempo.
Depois do ano que consumi pão fiquei obesa. Entrei para academia nessa época para emagrecer.  Ganhei 4 kg em 4 meses de academia e parei. Eu tinha mais fome fazendo academia. Ao me olhar no espelho era desesperador...e me veio a mente...que exploda... Penso em criar um peça de teatro com a nossa Martha Medeiros com o nome: Eu e o Espelho... É um dos meus sonhos atuais...rsss.

Tive meu primeiro filho aos 24 anos e ganhei 9 kg durante a gestação. Fiquei com manequim 40 após a ter tido o bebê.  Na segunda gestação os primeiros 4 meses foram de verdadeiro erro alimentar. Manequim 40 e corpicho...claro cai na coca diet. Ao engravidar sofria de enjôo para comidas caseiras. Para coca cola e bolacha “Cream craker” carta branca, não dava enjôo. Virei uma baleia. Calçava 36 fui para 39. Aumentei 15 kg. O feto que se ferrou claro. Hoje eu sei o que fiz e não tive alguém para me puxar a orelha e dizer não tome filha vai prejudicar o bebê. SEM NOÇÃO TOTAL e mesmo sendo estudante do 5º. ano de  medicina.

Durante do curso de medicina sempre tive uma relação amigável com a equipe de enfermagem. Em um dia de plantão uma enfermeira me convidou para um “Simpósio de Enfermagem”.  Não tinha a menor idéia do que eu iria assistir. Nessa época cursando sexto ano  de medicina foi no mínimo diferente para mim. Imaginar que a partir deste Simpósio eu nunca mais consegui ser a mesma pessoa, era uma INOCENTE CEGA, ou por POR FORA MESMO. Me refiro a ser cega porque de nada eu entendia da interferência do AMBIENTE EXTERNO em nossa saúde. Estava estudando as doenças e como tratá-las dentro da visão halopática. O currículo do curso de medicina é extenso exige muita dedicação. Muito importante aprender sobre as patologias. Outras áreas de estudo fica a critério de cada um, como é as especialidades médicas.

Neste ano de 2013 foi regulamentado a especialidade de TOXICOLOGIA para minha alegria. Pois se trata de uma área que mudou a minha vida e muito me trouxe de aprendizado para a qualidade de vida. Entendi que temos de ir buscar individualmente as ferramentas para a construção deste bem viver. A complexidade do mundo industrializado, tudo pronto trouxe também problemas que não compreendemos por falta de meios eficientes de informação. Neste ano recebi uma cartilha de um deputado sobre consumo consciente e os inúmeros contaminantes de alimentos cultivados e que consumimos sem saber a procedência. A ANVISA está auxiliando neste complexo trabalho de reduzir os contaminantes ( agrotóxicos, ...) para minimizar estes desastres biológicos que se chama doenças.

Eu era a única estudante de medicina no meio de estudantes e enfermeiras da UFPEL.  Simplesmente fui lá participar pelo social e pela amabilidade do convite. Sai deste evento assustada e ao mesmo tempo contente pela oportunidade de aprender e entender a complexidade da vida. A saúde e a doença por exposição ao desconhecido até então eu de nada sabia. Feliz da vida e ao mesmo tempo muito preocupada. O interesse em me aprofundar pelo assunto foi crescendo durante o meu preparo para ser médica. Saúde e vida com medidas preventivas cada vez ficou mais intensa em minha vida. “Aprender” nos dá dignidade e nos encoraja a buscar mais e mais. Os assuntos que ali foram tratados eram demasiado importantes e desconhecidos para mim. Vivi na zona rural e sempre tive contato com lavouras de soja, trigo, milho, azevém, ... Vi peixes morrer no riacho que passa aos fundos da sede e que comentaram que lavaram o tonel de veneno no rio. Também assisti  a vida nascendo aos montes. Montes de branco ao horizonte que eram nada mais nada menos que os bezerrinhos avistadas a distância. Uma paisagem muito linda e inesquecível.

Eu faço uma linha do tempo em minha vida.

Antes deste evento de enfermagem eu consigo estabelecer um MARCO em minha caminhada e busca pelo conhecimento. O caminho a seguir foi de muitas constatações. Depois deste SIMPÓSIO senti como que ascendendo os faróis do carro em que dirigia. A minha vida estava com os faróis desligados. Me senti como dirigindo um carro de farol apagado e naquele momento tomei esta consciência. Foi muito forte isso. Fui realmente cutucada a buscar mais sobre os efeitos dos aditivos, pesticidas, fungicidas, organofosforados, organoclorados, metais pesados e outros tantos presentes no nosso dia a dia. Para minha alegria fiz amizade com o diretor de Centro de Toxicologia de Pelotas.  Comentei com o Dr. Miguel do meu interesse pelo assunto. Na época ele falou que não teria a linguagem médica para ministrar um curso. Mas que iria lembrar deste interesse.  Percebendo talvez a minha curiosidade e  entusiasmo ficou com meu contato. No ano seguinte eu, o Centro de Toxicologia de Pelotas  e a Farmácia Natura organizamos um encontro. Era aberto a população acadêmica e graduados de diversas áreas. Lembro da presença diversos profissionais no evento. Lembro de agrônomos, veterinários e outros  que enriqueceram com muitas observações.

Até então eu aprendia passivamente sobre tudo. Mas também comecei a me interessar por esta questão ambiental.  Minha inocente ignorância rural foi sendo apagada.  Comia sem a menor preocupação até então. Pouco temos acesso a assuntos desta natureza. Atualmente já se fala mais e os cuidados mais observados. Alguns mais preocupados em buscar informação e alimentos com menor risco de consumo, digamos menos nocivo. As alternativas estão sendo estimuladas gradativamente alguns hábitos mais saudáveis e um consumo mais consciente.

O agronegócio em nossos tempos cada vez mais está em processo de expansão e a agricultura orgânica desaparecida tenta ressuscitar. As zonas de cultivo familiar foi sendo substituída gradativamente. Aqueles que conseguiram manter seu negócio tiveram de enfrentar a concorrência.  Distantes do abastecimento das grandes cidades esse tipo de negócio rural enfrentou muitas dificuldades. Recentemente e timidamente vem sendo estimulada a agricultura ecologicamente correta que é a orgânica.

Estes produtos estão bem mais caro que os de cultivo comum. Mas o que é mesmo cultivo comum? E quais os riscos de qualquer um destes cultivos?

Assim como nós humanos devemos ter cuidados com os líquidos que ingerimos e o mesmo ocorre com as plantas.  Para auxiliar os rins no processo de retirada de impurezas e neutralização de radicais livres  produzidos pelo metabolismo celular é necessário ter entendimento da necessidade de ingerir líquidos de boa qualidade e procedência conhecida. Acredita-se que haja um controle das fontes de água mineral.  As fontes de água naturais foram lacradas. A água encanada ( canos de ferro ou plástico) que vem para os reservatórios, as caixas de água ( maioria de amianto) é a que vai para o preparo dos alimentos. Eu fervia em chaleira de alumínio
quando tinha meus pequenos em Pelotas.  Quando eu via as pessoas comprar a água de garrafa eu achava o fim da picada. Fim da picada era a minha total falta de conhecimento, para não dizer ignorância pura. Afinal fui criada em zona rural e despreparada para viver na cidade.
Eu desconheço a existência de manual para os “POR FORA”.

Neste mês de março de 2013 em uma reportagem exibida na rede globo houve a divulgação do ph das água vendidas na região da Amazônia. Estas apresentavam um ph muito ácido em torno de 3,5 e 4,0.   A Anvisa aceita acima de ph 6,0. Havia o pedido para que alterassem esse ph. Fiquei pensando como isso será realizado? Geralmente a água é engarrafada conforme sai do poço. Realmente é uma situação preocupante.

Escrevi sobre este assunto da boca porque a gente leva a boca o desconhecido. Depois temos problemas e não há conexão para nada neste sentido.  Hoje lembro com certa triteza que criei meus filhos com suco de alumínio...Fervia água em chaleiras de alumínio. A fervura potencializa os possíveis metais tóxicos presente. Aceita-se até 14 mg/litro da concentração de alumínio na água. Um tempo de exposição maior chega a ultrapassar 20 mg/litro.

Tipos de panelas foi tema de uma reportagem que realizei neste mês de março de 2013. Reconhecer que sempre estamos aprendendo é muito positivo. Somos uma rede de pessoas que queremos qualidade de vida. Os preocupados em prevenção vão em busca. A nossa Anvisa lutando para proteger a saúde dos cidadãos.

Pensei que a população ia entender que leite de caixa é uma caixa de surpresas. Quando deu aquela repercussão do leite de caixa eu achei que era hora das pessoas caírem a ficha.  Além do alumínio da caixa ainda o conservante. Encontraram na época soda cáustica, cal e outros produtos. A falta de noção e responsabilidade em saúde ainda é observada entre alguns empresários do setor alimentício. Ninguém é contra o lucro. Mas as repercussões em saúde destes produtos a saúde humana ainda é pouco conhecida. Um feedback destes produtos seria positivo para nossa Anvisa dar um aperto neles.

UTILIDADE PÚBLICA:
Vou dar um exemplo. Eu observo que crianças que consomem leite de caixa sofrem de intestino preguiçoso, náuseas,  problemas de sono dentre outros.  
Sou uma estudiosa de problemas de intestino porque eu queria resolver o meu problema inclusive. Porque o prejuízo do intestino? Porque o conservante repetidamente, diariamente tomado continuamente é prejudicial. Altera o automático do corpo. Uma parte do sistema nervoso chamado SNA ( Sistema Nervoso Autônomo), o parassimpático é responsável pelo movimento de prensa muscular (=movimento peristáltico) fica prejudicado. As evacuações serão mais insuficientes em volume e consistência. As fezes em forma de cíbalos ou seja bolinhas. A mãe de uma moça com 42 anos refere que quando criança sempre sofreu de intestino e sempre foi em forma de  bolinhas. Hoje ela sofre de uma desordem neurológica.  

Cabe ao profissional a reabilitação deste intestino que responde ou não as mudanças dietéticas. A necessidade de terapêutica adicional pode ser necessária.

Estou tentando auxiliar em uma organização alimentar desta moça. Mas tudo o que é bom para ela não fecha com seu paladar. Ela só tem atração pelos que prejudicam.
Eu nunca desisto em acreditar que podemos melhorar mesmo sendo crônico.
Aqui alertando para situações nem sempre consideradas ou lembradas. Me considero uma consumidora COM NOÇÃO.

CONTATO PARA SOLICITAR PALESTRAS INFORMATIVAS: palestras.nutricel@nutricel.med.br







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