Sejam bem vindos ao mundo da saúde plena.


"Bom mesmo é ir a luta com determinação

Abraçar a vida e viver com paixão

Perder com classe e viver com ousadia

Pois o triunfo pertence a quem se atreve

E a vida é muito bela para ser

insignificante"


Augusto Branco



segunda-feira, 11 de março de 2013

Sobrepeso

            
               O aumento de peso  é o aumento do estoque. Este aumento acontece  porque os sistemas de proteção e que realizam a drenagem não estão funcionando adequadamente. A retenção de líquidos é um problema freqüente. O metabolismo do homem e o da mulher são distintos. O homem não menstrua e nem gesta e portanto ele tem respostas muito mais satisfatórias que as mulheres em terapias para emagrecimento. Entre as mulheres a incidência  de constipação é elevada e preocupante. Este problema de intestino preso, preguiçoso  acaba contribuindo para o sobrepeso.

Há um momento em que bate o desespero.  Os desesperados em busca de algo mágico é frequente. O medicamento é a opção de muitos que desejam o emagrecimento e não pensam que o sobrepeso é o resultado de uma desorganização interna e que remédios apenas remediam a situação. Até emagrecem o desejado e ao parar o medicamento acontece o inesperado. Se elimina 10 acaba ganhando 20 kg com a interrupção do medicamento. Ao desorganizar o metabolismo tentando emagrecer a todo o custo se surpreende com esta reação. Alguns procuram ajuda profissional e as queixas variam de intensidade.

Os desesperados estão em casa comento sem parar, beliscando guloseimas e só pensam em comer, geralmente sedentários. Pois esta comilança tira a energia e o ânimo para atividade física por ser alimentos vazios, industrializados, sem energia vital. Se queixam de muitos problemas que coexistem com o sobrepeso. Há os que comem mais e mais e ficam como que paralizados, incapacitados para reagir.  Um evento muito comum dos comilões é a chamada” fome de olho” onde o indivíduo come sem fome. 

Se alguém da família falar que está comento muito é ai mesmo que ele(a) fica irado e come mais ainda.  

A dificuldade de manejo com os portadores de sobrepeso é o descontrole do ato de ingerir. Há uma falha na percepção de fome ou apetite. Há quem diga que é estômago viciado e eu digo que é cérebro viciado, que é entendido como compulsão alimentar. O visual é relevante para desencadear o ato de comer. Segundo pesquisadores, as regiões da córtex pré-frontal onde se localiza regiões responsáveis por planejar, controlar estão inativadas no cérebro de obesos. A zona foi marcada  em ressonância magnética entre os estudados. O cérebro do magro ativa esta zona. Fiquei encantada com esta pesquisa colocando em foco o cérebro de cada individuo se comporta diferente diante de um prato. Eu adorava chocolate e negrinho. Por incrível que pareça agora eu olho e a sensação é diferente. Aquele desejo incontrolável ou o impulso de pegar e comer é muito mais controlado. Acredito que treinei meu cérebro através de mediadores químicos presentes na dieta e em suplementos. Com certeza tem alimentos que provocam saciedade e outros que são insuficientes, como é o caso dos alimentos farináceos. 

Além do que, as sensações de paladar estão gravadas em regiões do cérebro através do contato nas papilas gustativas da língua. Se tiver alimento disponível é a ocasião perfeita. Enquanto houver alimento acontece o ataque, mesmo sem ter fome. Seria como a ocasião faz o ladrão.

Se encontrar algum profissional com a mágica de emagrecer rápido melhor ainda. Por isso os medicamentos emagrecedores tem tanta aceitação. As conseqüências dos excessos não são negativadas pela medicação inibidora de apetite. É um pensamento mágico de emagrecer e que causa mais prejuízos que benefícios. Por isso a Anvisa regulamentou estas drogas por ter bem claro que mais prejudica que beneficia.

Em algum momento bate o desespero. O descontentamento é grande com a estética corporal e geralmente a auto estima abalada.

Algumas frases que eu ouço seguidamente:

1 – Não sei porque estou obesa porque eu nem como.
2 - Não sei porque estou obesa porque eu me alimento normal?
3 – Me sinto traída por mim mesmo, eu quero ficar magra e não consigo parar de comer.
4 – Eu passo beliscando...
5 – No final da tarde eu tenho uma fome muito grande e como tudo o que encontro pela frente.
6 – Eu ataco a geladeira no final da tarde.
7 – Eu juro que se a senhora disser que esterco de cavalo emagrece, eu juro que eu como ( esta a mais picante).
8 – Eu fazia dieta e emagrecia e agora não perco nem uma grama
9 – Parece que eu engordo com o ar que respiro.
10 – Eu como muito errado e agora?
11 - Meu pensamento é o que vou comer depois mesmo estando comendo,

Para obter as informações do profissional diante da problemática vivencial em termos de insatisfação com o próprio corpo é necessário compreender o processo de desorganização metabólica.

Só que desorganizar é muito mais fácil que reorganizar. Depende do estágio de comprometimento orgânico que se encontra no momento do atendimento. A partir do momento de entendimento dos problemas que impedem a melhoria corporal é iniciado a terapia inicial ou mesmo um plano de organização.
O profissional habilitado ao enfrentamento da obesidade infantil e de adultos requer um conhecimento em medicina, genética, nutrição essencial e as complicações orgânicas ou reações metabólicas/funcionais em resposta aos maus hábitos alimentares e problemas oriundos destes hábitos não saudáveis. O estudo das desordens que levaram ao sobrepeso e corrigi-las.
Hábitos não saudáveis:
Exemplo: Eu adoro doces – chocolate – arroz branco – massa – pão ...
Depois de um tempo nestes excessos acontece o óbvio aumento de peso.
Em algum momento pode haver a tentativa de parar e substituir por alimentos mais saudáveis. Ao perceber que o auto controle alimentar não é possível é bem assustador.  O prejuízo funcional está instalado. Principalmente acontece um prejuízo em nutrição cerebral e tudo pode acontecer.
Observa-se frequentemente alguns sintomas que acompanham concomitantemente ao sobrepeso. Algumas desordens ou transtornos de comportamento como depressão, pânico,  ansiedade, tristeza sem motivo, insônia, inquietude, SDAH ( Síndrome do Déficit de Atenção e Hiperatividade, tensão pré-menstrual, alergias, ...Do ponto de vista gastrintestinal as queixas são azia, mau gosto na boa ao acordar, hálito não agradável, prisão de ventre, estufamento abdominal e outros.

Engana-se quem pensa que tudo o que se faz não tem um preço. O preço é o aumento de peso e outros problemas associados dependendo do tempo de exposição ou utilização. O metabolismo está anárquico e tudo pode acontecer de imprevistos  não muito agradáveis.

Existe conseqüências e as vezes bem relevantes e que impedem a pessoa a retornar as medidas ou peso desejado.

Os excessos alimentares sempre trazem um prejuízo ao metabolismo e cabe ao profissional especializado encontrar alternativas para estimular o auto controle ou terapia adicional que induza a saciedade.



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