Sejam bem vindos ao mundo da saúde plena.


"Bom mesmo é ir a luta com determinação

Abraçar a vida e viver com paixão

Perder com classe e viver com ousadia

Pois o triunfo pertence a quem se atreve

E a vida é muito bela para ser

insignificante"


Augusto Branco



terça-feira, 26 de março de 2013

As razões para viver mais ou menos...


ENTREVISTA

"Morremos de causas idiotas”


Por Greice Rodrigues

Grande Secretaria da Saúde
Informativo Saúde

A chefe do Departamento de Medicina Legal da Flórida, nos EUA, diz que a maioria das mortes pode ser evitada!
Há 20 anos, a médica americana Jan Garavaglia, 53 anos, decidiu trocar o consultório pelo necrotério.
Ela estava cansada de lidar diariamente com pacientes queixosos a sua frente.
Apesar de todas as suas recomendações, eles resistiam e não mudavam de estilo de vida. Continuavam fumando, comendo mal,
não se exercitavam.

"Isso me deixava muito frustrada", diz a médica. Curiosa por natureza, ela decidiu que seria mais fascinante descobrir por que as pessoas morrem. Tornou-se legista, faz hoje mais de mil
autópsias por ano e finalmente descobriu o que tanto queria. "Depois de anos trabalhando nessa área,

Descobri que morremos por causas idiotas", afirma. "São coisas tolas, que podem ser prevenidas, como os pequenos lapsos de atenção ocorridos enquanto dirigimos e falamos ao celular." Chefe do Departamento de Medicina Legal da Flórida, nos Estados Unidos, Jan também é conhecida como Dr. G,
nome que adota no programa “Medical examiner”, exibido diariamente pelo canal Discovery Home &
Health.

A médica acaba de lançar o livro Como não morrer! (Ed. Prumo), no qual relata casos reais de pessoas que perderam a vida por simples descuidos. Da Flórida, ela falou à ISTO É.

ISTO É - Quais as lições que a sra. aprendeu nesses anos todos atuando como legista?
Dra. Jan - Cada caso que investigo sempre me ensina algo. O corpo conta a história de como alguém viveu,
morreu e de que forma a morte poderia ter sido evitada.
Durante meus 20 anos como legista, vi que muitas das mortes não precisavam ter acontecido.

ISTOÉ – Por quê?
Dra. Jan - Por quê?
Porque foram resultado de causas idiotas. Claro que algumas pessoas têm falta de sorte e desenvolvem uma doença ou sofrem um acidente que é totalmente inevitável, mas muitos constroem a
sua má sorte.

Lembro do caso de um homem de meia-idade com sobrepeso que nunca se preocupara em fazer um check-up. Um dia ele subiu os degraus de seu apartamento com algumas compras na mão e,
quando entrou, sentou no sofá e morreu. A autópsia mostrou alterações há muito existentes no seu coração e rins e uma hemorragia no cérebro. Tudo causado por pressão alta, uma doença facilmente tratável que ele julgava não sofrer.

Outro caso do qual me lembro bem foi o de uma senhora que tropeçou no tapete de casa e quebrou o quadril. Ela morreu dias depois, em decorrência de complicações causadas por essa queda. São dois exemplos clássicos de mortes evitáveis.
O senhor, por exemplo, poderia ter ido ao médico ao menos uma
vez. Provavelmente teria descoberto a hipertensão. E a senhora deveria ter tirado o tapete, recomendação bastante útil em residência de pessoas mais velhas, mais propensas a quedas.

ISTO É - A sra. pode citar outros casos?
Dra. Jan - Lembro de ter feito uma autópsia em um senhor que foi encontrado morto no quintal de casa. Vi como nossa dieta ocidental, pobre em fibras, havia devastado o cólon (parte final do intestino grosso) daquele homem, causando uma inflamação gravíssima que teve como resultado a sua morte. Nossa
dificuldade em enriquecer a alimentação com frutas e verduras nos leva a situações como essa, em que expomos o corpo a perigos desnecessários.

ISTO É - Como não morrer prematuramente?
Dra. Jan - Consigo ver várias maneiras de evitar mortes prematuras exatamente como os outros médicos vêem maneiras de prevenir doenças. Como patologista, enxergo muitas coisas que a maioria das pessoas não vê. Nem sempre são os traumas ou as situações dramáticas que matam as pessoas, mas os pequenos lapsos de atenção ou aqueles julgamentos feitos com um milésimo de segundo de atraso.

A vida é uma série de escolhas. Somadas à genética e à sorte, elas determinam nosso destino. Você pode controlar o que come, a velocidade com que dirige, pode escolher se vai ou não abusar das drogas ou da bebida. Digo sempre que não sou perita em entender os motivos que levam alguém a usar drogas ou posso não saber
como tratar vícios. Mas sei como o álcool e as drogas podem levar alguém à morte.

ISTO É - Fazemos escolhas erradas e por isso morremos?
Dra. Jan - Se você escolhe abusar do álcool, usar drogas e dirigir em alta velocidade, precisa estar consciente de que esses comportamentos podem matá-lo. Do mesmo modo que não cuidar do peso, não fazer atividade física ou alimentar-se mal. São escolhas que você faz conscientemente. Portanto, deveria saber
as consequências básicas dessas decisões e no que elas podem resultar. Tomar as decisões corretas pode lhe dar a oportunidade de viver por mais tempo. Não acredito que a diferença entre a vida e a morte seja apenas uma questão de tempo.

ISTO É - O que as pessoas podem fazer?
Dra. Jan - É impossível escapar da morte. Mas você pode impedir que ela chegue prematuramente com atitudes simples. Muita gente não sabe, mas deixar a janela do carro aberta quando se está em movimento aumenta o risco de danos mais graves em um acidente.A pessoa pode ser arremessada para fora do carro
com mais facilidade. Outros exemplos de boas atitudes são prender corretamente o cinto de segurança ou acelerar menos.

Evitar o álcool é outra medida.
Pelo menos 40% das pessoas que morrem no trânsito apresentam álcool no organismo. A distração no trânsito também mata. Para algumas pessoas, o carro é o lugar perfeito para retocar a maquiagem ou falar ao telefone. A falta de atenção no trânsito é responsável por cerca 25% de todos os acidentes nos Estados
Unidos. Outros conselhos são fazer mudanças sutis na dieta ou seguir as ordens do seu médico.
Também precisamos aprender a ouvir o corpo, não ignorar os sinais que ele dá quando alguma coisa está errada.

ISTO É - Isso significa fazer um check- up periodicamente?
Dra. Jan - Compreendo que algumas pessoas não querem ou não podem pagar uma consulta médica. Mas sou da turma que defende o check-up anual. Mesmo que seja apenas para construir uma boa relação com o seu médico e conversar com ele sobre os cuidados com a saúde. Mas é uma oportunidade para verificar o
colesterol, a pressão arterial e o açúcar no sangue. Esses assassinos silenciosos podem matar sem que você nunca tenha se sentido mal. Os primeiros sintomas podem ser fatais. Você terá vida longa se mantiver esses índices em níveis normais.
Informativo Saúde
ISTO É - Que outras atitudes podemos adotar?
Dra. Jan - O que você precisa saber sobre o remédio que o seu médico prescreveu? Muita coisa. Nenhum medicamento é 100% seguro para todo mundo. Mesmo aqueles vendidos sem prescrição médica podem causar efeitos adversos, especialmente se forem tomados de maneira incorreta.
Por exemplo: um único comprimido de aspirina pode resultar em um ataque de asma que ameace a vida de uma pessoa sensível a essa droga.

ISTO É - Em geral ocorrem mais mortes por acidentes ou por negligência em relação à saúde?
Dra. Jan - Nos Estados Unidos, 40% das mortes ocorrem por doença prematura, ou seja, são previsíveis.
Outros40% são por acidentes, 10% são por suicídios e outros 10% por homicídios.

ISTO É - Quem morre mais antes da hora: os homens ou as mulheres?
Dra. Jan - Os homens. Eles costumam ignorar a saúde e abusar do álcool e das drogas. Além disso, os homens vão muito menos ao médico que as mulheres. Eles reprimem a dor, ignoram os sintomas e negam a doença. Também fazem escolhas estúpidas. Eles dirigem de modo agressivo ou sob influência de entorpecentes e por isso pagam com a própria vida.
Nos Estados Unidos, os acidentes, principalmente os automobílisticos, matam 35 mil homens a cada ano.
O dobro da quantidade de mulheres. Assombrosamente essas mortes ocorrem até os 44 anos.

ISTO É - Por que a sra. optou por trabalhar como legista?
Dra. Jan - Meu professor de química na escola secundária me inspirou a me tornar médica. Mas fiquei desiludida durante a residência e percebi que a medicina não combinava com a minha personalidade.
Gostava de compreender o funcionamento do corpo humano e de chegar ao diagnóstico. Mas lidar diretamente com reclamações de pacientes - muitas delas relacionadas com a maneira como eles estavam vivendo–me desgastou.

ISTOÉ - Mas essa realidade não faz parte da rotina do médico?
Dra. Jan - Trabalhava em uma clínica na qual tratava pessoas que tinham principalmente doenças relacionadas ao estilo de vida, ao hábito de fumar, de não fazer exercícios, ao fato de estarem acima do peso. Ficava frustrada porque, apesar das minhas recomendações, poucos mudavam suas rotinas.
Resolvi que seria mais fascinante descobrir por que as pessoas morrem.

ISTO É - Como é lidar tão de perto com a morte?
Dra. Jan - O mundo da morte não é exatamente o que os meus pais imaginaram para mim. Mas amo juntar peças, usar o pensamento criativo e resolver mistérios. A morte nunca me preocupou, na verdade. Eu a vejo como uma parte natural da vida. Eduquei-me dentro dos preceitos da religião católica com um
conjunto de valores morais bastante claros. Embora tenham me ensinado que há um céu e um inferno, nunca pensei muito sobre o que acontece conosco depois que morremos. Mas não acredito que passamos por este mundo apenas para terminarmos deitados numa laje. A morte tem muito a nos ensinar.

ISTO É - Por isso resolveu escrever o livro?
Dra. Jan - Ao longo desses anos vivenciei muitas experiências que, tenho certeza, poderão ajudar as pessoas a
compreender a sua saúde e a encarar de um novo jeito as consequências das decisões cotidianas que tomam. Assim, poderão cuidar melhor delas mesmas e daqueles que as cercam. Felizmente, percebo que essas ações têm impacto. No meu programa de tevê, o “Medical examiner”, recebo muitas cartas e
comentários de espectadores afirmando que finalmente conseguiram relacionar de maneira concreta como seus comportamentos afetavam sua saúde.

ISTO É – E a sra.? Mudou algo na sua vida a partir de sua experiência?
Dra. Jan - Estar rodeada pela morte me ensinou a viver uma vida mais saudável e feliz. Minha profissão também me ensinou muito sobre as pessoas e a condição humana. Mas a mais fundamental das lições foi sobre como a vida é preciosa.

Fonte: Revista Isto é – Edição 2058 – 22 ABRIL/2009

Link: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2058/artigo131842-1.htm

quarta-feira, 13 de março de 2013

Vivendo e aprendendo


          Até meus 15 anos meu peso adequado. Completei os 16 anos já com sobrepeso para dizer uns  10 kg a mais, em um ano comendo o pão branco no colégio das freiras em Cruz Alta. Aumentei o consumo de pão para compensar a comida não muito lá essas coisas. Me enchia de pão. Ali comecei a sofrer de efeito sanfona. Aumentei 10 kg em 1 ano e assim fui me estropiando a vida toda.

Aos 17 anos em Santa Maria morava em apartamento e  passei cuidar das compras e fazer a minha comida. Nada conhecia sobre consumo consciente ou produção de alimentos. Desde então entrei no grupo consumidores SEM NOÇÃO.

Gostava de comprar principalmente presunto e queijo lanche para o café da manhã e lanche da tarde. Poderia alternar por fruta. Todo dia era a mesma coisa. Não sei de onde fui orientada que comecei a substituir o pão branco pelo preto. Para torta fria que eu adorava tinha de encomendar dois pães integral.

Este queijo industrializado produzido industrialmente eu até então nunca havia tido contato. Era até então desconhecido para mim. Comi por muito anos sem a menor noção de como este queijo era fabricado. Na verdade eu fui SEM NOÇÃO por muito tempo.
Depois do ano que consumi pão fiquei obesa. Entrei para academia nessa época para emagrecer.  Ganhei 4 kg em 4 meses de academia e parei. Eu tinha mais fome fazendo academia. Ao me olhar no espelho era desesperador...e me veio a mente...que exploda... Penso em criar um peça de teatro com a nossa Martha Medeiros com o nome: Eu e o Espelho... É um dos meus sonhos atuais...rsss.

Tive meu primeiro filho aos 24 anos e ganhei 9 kg durante a gestação. Fiquei com manequim 40 após a ter tido o bebê.  Na segunda gestação os primeiros 4 meses foram de verdadeiro erro alimentar. Manequim 40 e corpicho...claro cai na coca diet. Ao engravidar sofria de enjôo para comidas caseiras. Para coca cola e bolacha “Cream craker” carta branca, não dava enjôo. Virei uma baleia. Calçava 36 fui para 39. Aumentei 15 kg. O feto que se ferrou claro. Hoje eu sei o que fiz e não tive alguém para me puxar a orelha e dizer não tome filha vai prejudicar o bebê. SEM NOÇÃO TOTAL e mesmo sendo estudante do 5º. ano de  medicina.

Durante do curso de medicina sempre tive uma relação amigável com a equipe de enfermagem. Em um dia de plantão uma enfermeira me convidou para um “Simpósio de Enfermagem”.  Não tinha a menor idéia do que eu iria assistir. Nessa época cursando sexto ano  de medicina foi no mínimo diferente para mim. Imaginar que a partir deste Simpósio eu nunca mais consegui ser a mesma pessoa, era uma INOCENTE CEGA, ou por POR FORA MESMO. Me refiro a ser cega porque de nada eu entendia da interferência do AMBIENTE EXTERNO em nossa saúde. Estava estudando as doenças e como tratá-las dentro da visão halopática. O currículo do curso de medicina é extenso exige muita dedicação. Muito importante aprender sobre as patologias. Outras áreas de estudo fica a critério de cada um, como é as especialidades médicas.

Neste ano de 2013 foi regulamentado a especialidade de TOXICOLOGIA para minha alegria. Pois se trata de uma área que mudou a minha vida e muito me trouxe de aprendizado para a qualidade de vida. Entendi que temos de ir buscar individualmente as ferramentas para a construção deste bem viver. A complexidade do mundo industrializado, tudo pronto trouxe também problemas que não compreendemos por falta de meios eficientes de informação. Neste ano recebi uma cartilha de um deputado sobre consumo consciente e os inúmeros contaminantes de alimentos cultivados e que consumimos sem saber a procedência. A ANVISA está auxiliando neste complexo trabalho de reduzir os contaminantes ( agrotóxicos, ...) para minimizar estes desastres biológicos que se chama doenças.

Eu era a única estudante de medicina no meio de estudantes e enfermeiras da UFPEL.  Simplesmente fui lá participar pelo social e pela amabilidade do convite. Sai deste evento assustada e ao mesmo tempo contente pela oportunidade de aprender e entender a complexidade da vida. A saúde e a doença por exposição ao desconhecido até então eu de nada sabia. Feliz da vida e ao mesmo tempo muito preocupada. O interesse em me aprofundar pelo assunto foi crescendo durante o meu preparo para ser médica. Saúde e vida com medidas preventivas cada vez ficou mais intensa em minha vida. “Aprender” nos dá dignidade e nos encoraja a buscar mais e mais. Os assuntos que ali foram tratados eram demasiado importantes e desconhecidos para mim. Vivi na zona rural e sempre tive contato com lavouras de soja, trigo, milho, azevém, ... Vi peixes morrer no riacho que passa aos fundos da sede e que comentaram que lavaram o tonel de veneno no rio. Também assisti  a vida nascendo aos montes. Montes de branco ao horizonte que eram nada mais nada menos que os bezerrinhos avistadas a distância. Uma paisagem muito linda e inesquecível.

Eu faço uma linha do tempo em minha vida.

Antes deste evento de enfermagem eu consigo estabelecer um MARCO em minha caminhada e busca pelo conhecimento. O caminho a seguir foi de muitas constatações. Depois deste SIMPÓSIO senti como que ascendendo os faróis do carro em que dirigia. A minha vida estava com os faróis desligados. Me senti como dirigindo um carro de farol apagado e naquele momento tomei esta consciência. Foi muito forte isso. Fui realmente cutucada a buscar mais sobre os efeitos dos aditivos, pesticidas, fungicidas, organofosforados, organoclorados, metais pesados e outros tantos presentes no nosso dia a dia. Para minha alegria fiz amizade com o diretor de Centro de Toxicologia de Pelotas.  Comentei com o Dr. Miguel do meu interesse pelo assunto. Na época ele falou que não teria a linguagem médica para ministrar um curso. Mas que iria lembrar deste interesse.  Percebendo talvez a minha curiosidade e  entusiasmo ficou com meu contato. No ano seguinte eu, o Centro de Toxicologia de Pelotas  e a Farmácia Natura organizamos um encontro. Era aberto a população acadêmica e graduados de diversas áreas. Lembro da presença diversos profissionais no evento. Lembro de agrônomos, veterinários e outros  que enriqueceram com muitas observações.

Até então eu aprendia passivamente sobre tudo. Mas também comecei a me interessar por esta questão ambiental.  Minha inocente ignorância rural foi sendo apagada.  Comia sem a menor preocupação até então. Pouco temos acesso a assuntos desta natureza. Atualmente já se fala mais e os cuidados mais observados. Alguns mais preocupados em buscar informação e alimentos com menor risco de consumo, digamos menos nocivo. As alternativas estão sendo estimuladas gradativamente alguns hábitos mais saudáveis e um consumo mais consciente.

O agronegócio em nossos tempos cada vez mais está em processo de expansão e a agricultura orgânica desaparecida tenta ressuscitar. As zonas de cultivo familiar foi sendo substituída gradativamente. Aqueles que conseguiram manter seu negócio tiveram de enfrentar a concorrência.  Distantes do abastecimento das grandes cidades esse tipo de negócio rural enfrentou muitas dificuldades. Recentemente e timidamente vem sendo estimulada a agricultura ecologicamente correta que é a orgânica.

Estes produtos estão bem mais caro que os de cultivo comum. Mas o que é mesmo cultivo comum? E quais os riscos de qualquer um destes cultivos?

Assim como nós humanos devemos ter cuidados com os líquidos que ingerimos e o mesmo ocorre com as plantas.  Para auxiliar os rins no processo de retirada de impurezas e neutralização de radicais livres  produzidos pelo metabolismo celular é necessário ter entendimento da necessidade de ingerir líquidos de boa qualidade e procedência conhecida. Acredita-se que haja um controle das fontes de água mineral.  As fontes de água naturais foram lacradas. A água encanada ( canos de ferro ou plástico) que vem para os reservatórios, as caixas de água ( maioria de amianto) é a que vai para o preparo dos alimentos. Eu fervia em chaleira de alumínio
quando tinha meus pequenos em Pelotas.  Quando eu via as pessoas comprar a água de garrafa eu achava o fim da picada. Fim da picada era a minha total falta de conhecimento, para não dizer ignorância pura. Afinal fui criada em zona rural e despreparada para viver na cidade.
Eu desconheço a existência de manual para os “POR FORA”.

Neste mês de março de 2013 em uma reportagem exibida na rede globo houve a divulgação do ph das água vendidas na região da Amazônia. Estas apresentavam um ph muito ácido em torno de 3,5 e 4,0.   A Anvisa aceita acima de ph 6,0. Havia o pedido para que alterassem esse ph. Fiquei pensando como isso será realizado? Geralmente a água é engarrafada conforme sai do poço. Realmente é uma situação preocupante.

Escrevi sobre este assunto da boca porque a gente leva a boca o desconhecido. Depois temos problemas e não há conexão para nada neste sentido.  Hoje lembro com certa triteza que criei meus filhos com suco de alumínio...Fervia água em chaleiras de alumínio. A fervura potencializa os possíveis metais tóxicos presente. Aceita-se até 14 mg/litro da concentração de alumínio na água. Um tempo de exposição maior chega a ultrapassar 20 mg/litro.

Tipos de panelas foi tema de uma reportagem que realizei neste mês de março de 2013. Reconhecer que sempre estamos aprendendo é muito positivo. Somos uma rede de pessoas que queremos qualidade de vida. Os preocupados em prevenção vão em busca. A nossa Anvisa lutando para proteger a saúde dos cidadãos.

Pensei que a população ia entender que leite de caixa é uma caixa de surpresas. Quando deu aquela repercussão do leite de caixa eu achei que era hora das pessoas caírem a ficha.  Além do alumínio da caixa ainda o conservante. Encontraram na época soda cáustica, cal e outros produtos. A falta de noção e responsabilidade em saúde ainda é observada entre alguns empresários do setor alimentício. Ninguém é contra o lucro. Mas as repercussões em saúde destes produtos a saúde humana ainda é pouco conhecida. Um feedback destes produtos seria positivo para nossa Anvisa dar um aperto neles.

UTILIDADE PÚBLICA:
Vou dar um exemplo. Eu observo que crianças que consomem leite de caixa sofrem de intestino preguiçoso, náuseas,  problemas de sono dentre outros.  
Sou uma estudiosa de problemas de intestino porque eu queria resolver o meu problema inclusive. Porque o prejuízo do intestino? Porque o conservante repetidamente, diariamente tomado continuamente é prejudicial. Altera o automático do corpo. Uma parte do sistema nervoso chamado SNA ( Sistema Nervoso Autônomo), o parassimpático é responsável pelo movimento de prensa muscular (=movimento peristáltico) fica prejudicado. As evacuações serão mais insuficientes em volume e consistência. As fezes em forma de cíbalos ou seja bolinhas. A mãe de uma moça com 42 anos refere que quando criança sempre sofreu de intestino e sempre foi em forma de  bolinhas. Hoje ela sofre de uma desordem neurológica.  

Cabe ao profissional a reabilitação deste intestino que responde ou não as mudanças dietéticas. A necessidade de terapêutica adicional pode ser necessária.

Estou tentando auxiliar em uma organização alimentar desta moça. Mas tudo o que é bom para ela não fecha com seu paladar. Ela só tem atração pelos que prejudicam.
Eu nunca desisto em acreditar que podemos melhorar mesmo sendo crônico.
Aqui alertando para situações nem sempre consideradas ou lembradas. Me considero uma consumidora COM NOÇÃO.

CONTATO PARA SOLICITAR PALESTRAS INFORMATIVAS: palestras.nutricel@nutricel.med.br







segunda-feira, 11 de março de 2013

Sobrepeso

            
               O aumento de peso  é o aumento do estoque. Este aumento acontece  porque os sistemas de proteção e que realizam a drenagem não estão funcionando adequadamente. A retenção de líquidos é um problema freqüente. O metabolismo do homem e o da mulher são distintos. O homem não menstrua e nem gesta e portanto ele tem respostas muito mais satisfatórias que as mulheres em terapias para emagrecimento. Entre as mulheres a incidência  de constipação é elevada e preocupante. Este problema de intestino preso, preguiçoso  acaba contribuindo para o sobrepeso.

Há um momento em que bate o desespero.  Os desesperados em busca de algo mágico é frequente. O medicamento é a opção de muitos que desejam o emagrecimento e não pensam que o sobrepeso é o resultado de uma desorganização interna e que remédios apenas remediam a situação. Até emagrecem o desejado e ao parar o medicamento acontece o inesperado. Se elimina 10 acaba ganhando 20 kg com a interrupção do medicamento. Ao desorganizar o metabolismo tentando emagrecer a todo o custo se surpreende com esta reação. Alguns procuram ajuda profissional e as queixas variam de intensidade.

Os desesperados estão em casa comento sem parar, beliscando guloseimas e só pensam em comer, geralmente sedentários. Pois esta comilança tira a energia e o ânimo para atividade física por ser alimentos vazios, industrializados, sem energia vital. Se queixam de muitos problemas que coexistem com o sobrepeso. Há os que comem mais e mais e ficam como que paralizados, incapacitados para reagir.  Um evento muito comum dos comilões é a chamada” fome de olho” onde o indivíduo come sem fome. 

Se alguém da família falar que está comento muito é ai mesmo que ele(a) fica irado e come mais ainda.  

A dificuldade de manejo com os portadores de sobrepeso é o descontrole do ato de ingerir. Há uma falha na percepção de fome ou apetite. Há quem diga que é estômago viciado e eu digo que é cérebro viciado, que é entendido como compulsão alimentar. O visual é relevante para desencadear o ato de comer. Segundo pesquisadores, as regiões da córtex pré-frontal onde se localiza regiões responsáveis por planejar, controlar estão inativadas no cérebro de obesos. A zona foi marcada  em ressonância magnética entre os estudados. O cérebro do magro ativa esta zona. Fiquei encantada com esta pesquisa colocando em foco o cérebro de cada individuo se comporta diferente diante de um prato. Eu adorava chocolate e negrinho. Por incrível que pareça agora eu olho e a sensação é diferente. Aquele desejo incontrolável ou o impulso de pegar e comer é muito mais controlado. Acredito que treinei meu cérebro através de mediadores químicos presentes na dieta e em suplementos. Com certeza tem alimentos que provocam saciedade e outros que são insuficientes, como é o caso dos alimentos farináceos. 

Além do que, as sensações de paladar estão gravadas em regiões do cérebro através do contato nas papilas gustativas da língua. Se tiver alimento disponível é a ocasião perfeita. Enquanto houver alimento acontece o ataque, mesmo sem ter fome. Seria como a ocasião faz o ladrão.

Se encontrar algum profissional com a mágica de emagrecer rápido melhor ainda. Por isso os medicamentos emagrecedores tem tanta aceitação. As conseqüências dos excessos não são negativadas pela medicação inibidora de apetite. É um pensamento mágico de emagrecer e que causa mais prejuízos que benefícios. Por isso a Anvisa regulamentou estas drogas por ter bem claro que mais prejudica que beneficia.

Em algum momento bate o desespero. O descontentamento é grande com a estética corporal e geralmente a auto estima abalada.

Algumas frases que eu ouço seguidamente:

1 – Não sei porque estou obesa porque eu nem como.
2 - Não sei porque estou obesa porque eu me alimento normal?
3 – Me sinto traída por mim mesmo, eu quero ficar magra e não consigo parar de comer.
4 – Eu passo beliscando...
5 – No final da tarde eu tenho uma fome muito grande e como tudo o que encontro pela frente.
6 – Eu ataco a geladeira no final da tarde.
7 – Eu juro que se a senhora disser que esterco de cavalo emagrece, eu juro que eu como ( esta a mais picante).
8 – Eu fazia dieta e emagrecia e agora não perco nem uma grama
9 – Parece que eu engordo com o ar que respiro.
10 – Eu como muito errado e agora?
11 - Meu pensamento é o que vou comer depois mesmo estando comendo,

Para obter as informações do profissional diante da problemática vivencial em termos de insatisfação com o próprio corpo é necessário compreender o processo de desorganização metabólica.

Só que desorganizar é muito mais fácil que reorganizar. Depende do estágio de comprometimento orgânico que se encontra no momento do atendimento. A partir do momento de entendimento dos problemas que impedem a melhoria corporal é iniciado a terapia inicial ou mesmo um plano de organização.
O profissional habilitado ao enfrentamento da obesidade infantil e de adultos requer um conhecimento em medicina, genética, nutrição essencial e as complicações orgânicas ou reações metabólicas/funcionais em resposta aos maus hábitos alimentares e problemas oriundos destes hábitos não saudáveis. O estudo das desordens que levaram ao sobrepeso e corrigi-las.
Hábitos não saudáveis:
Exemplo: Eu adoro doces – chocolate – arroz branco – massa – pão ...
Depois de um tempo nestes excessos acontece o óbvio aumento de peso.
Em algum momento pode haver a tentativa de parar e substituir por alimentos mais saudáveis. Ao perceber que o auto controle alimentar não é possível é bem assustador.  O prejuízo funcional está instalado. Principalmente acontece um prejuízo em nutrição cerebral e tudo pode acontecer.
Observa-se frequentemente alguns sintomas que acompanham concomitantemente ao sobrepeso. Algumas desordens ou transtornos de comportamento como depressão, pânico,  ansiedade, tristeza sem motivo, insônia, inquietude, SDAH ( Síndrome do Déficit de Atenção e Hiperatividade, tensão pré-menstrual, alergias, ...Do ponto de vista gastrintestinal as queixas são azia, mau gosto na boa ao acordar, hálito não agradável, prisão de ventre, estufamento abdominal e outros.

Engana-se quem pensa que tudo o que se faz não tem um preço. O preço é o aumento de peso e outros problemas associados dependendo do tempo de exposição ou utilização. O metabolismo está anárquico e tudo pode acontecer de imprevistos  não muito agradáveis.

Existe conseqüências e as vezes bem relevantes e que impedem a pessoa a retornar as medidas ou peso desejado.

Os excessos alimentares sempre trazem um prejuízo ao metabolismo e cabe ao profissional especializado encontrar alternativas para estimular o auto controle ou terapia adicional que induza a saciedade.